.

.
.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Máquina troca garrafa PET por dinheiro na Holanda


Enquanto a maior parte das 10 mil toneladas de lixo doméstico coletadas diariamentre na cidade de São Paulo vai para aterros, na Holanda apenas 4% do lixo tem esse destino. 16% do resíduos sólidos são incinerados e 80%, reciclados. A energia gerada da combustão do que é incinerado aquece as casas e ilumina parte da capital holandesa, Amsterdã. 
Além disso, desde 1970, governo e empresários investem em soluções ambientais eficientes para o país, como a máquina que troca garrafas PET vazias por dinheiro. Ela existe em alguns supermercados e funciona da seguinte forma: a pessoa chega, coloca a garrafa de plástico, a máquina pesa e no fim de tudo a pessoa recebe um cupom que vale dinheiro. 
Em Amsterdã, três garrafas pet devolvidas para a máquina valem o equivalente a R$ 3.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

As Olímpiadas 2012 já entraram pra história como as mais sustentáveis de que o mundo já teve notícia. Ainda assim, houve falhas significativas na preparação que não devem ser ignoradas


Em termos de poluição atmosférica, Londres é uma das cidades mais sujas da Europa. Nem mesmo o inovador esquema de rodízio, adotado há quase uma década para controlar o tráfego de carros, conseguiu resolver o problema. Para driblar a situação a tempo do início dos Jogos, a cidade testou uma "cola mágica" capaz de capturar as partículas em suspensão liberadas por fábricas e pelo transporte e “grudá-las” no chão.
A medida não foi suficiente. Especialistas de saúde do país têm alertado que a poluição no período do verão poderia prejudicar o desempenho e a saúde de muitos esportistas. A tática adotada por Londres difere bastante das medidas, mais radicais, que Pequim implementou para as Olimpíadas de 2008. Preocupado com a poluição do ar, o governo chinês chegou a limitar o tráfego de carros, com rodízios especiais, e também fechou temporariamente algumas fábricas.
Um contrato de patrocínio fechado em janeiro com a empresa do setor químico Dow Chemical para o Estádio Olímpico gerou polêmica e colocou em xeque as credenciais sustentáveis da competição. Por trás do alvoroço está o fato da Dow ser dona da Union Carbide, empresa responsável pelo acidente de Bophal, na Índia, em 1984, que entrou pra história como um dos maiores desastres industriais.
Medalhas olímpicas na mira
O ataque aos patrocinadores sobrou também para as icônicas medalhas olímpicas, cujo suprimento de metais foi feito pela Rio Tinto, outra empresa na mira dos ambientalistas. Com o slogan "Não deixe Rio Tinto manchar os Jogos Olímpicos", manifestantes e representantes sindicais afirmam que a gigante da mineração polui o ar e água com suas atividade ao redor do globo, colocando vidas em risco. Segundo o britânico Guardian, a empresa forneceu oito tonenaladas de ouro, prata e bronze para fazer cerca de 4,7 mil medalhas que serão usadas nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Londres.
Energia limpa: uma oportunidade desperdiçada
Em relatório recente, a organização de conservação global WWF apontou o baixo investimento energia renovável como uma das falhas na empreitada verde. Segundo a entidade, a organização do evento não cumpriu uma promessa feita em 2005, quando a cidade foi eleita sede das Olimpíadas, de garantir que pelo menos 20% da energia que supriria o parque olímpico viria de fontes de geração limpa instaladas em regiões próximas. No entanto, apenas 9% da energia produzida localmente será renovável.

Ministério Público Federal pede mais uma vez anulação da licença de Belo Monte

Procuradores da República alegam que as ações obrigatórias de prevenção e redução dos impactos socioambientais do projeto não estão sendo cumpridas pela Norte Energia, responsável pela obra.

Por Sabrina Craide, repórter da Agência Brasil
O Ministério Público Federal (MPF) pediu mais uma vez à Justiça a anulação da licença de instalação da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). Na ação cautelar, os procuradores da República alegam que as ações obrigatórias de prevenção e redução dos impactos socioambientais do projeto não estão sendo cumpridas pela Norte Energia, responsável pela obra.

A ação cautelar, que foi ajuizada nessa segunda-feira (23) na Justiça Federal em Belém, é contra a Norte Energia e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O MPF argumenta que as ações são insuficientes, estão sendo descumpridas e são mal fiscalizadas pelo Ibama.

“As condicionantes estabelecidas na licença prévia não foram cumpridas, sendo postergadas e incorporadas na licença parcial de instalação e, posteriormente, na licença de instalação, fase na qual continuam sendo tratadas pelo empreendedor como mero requisito formal, cujo cumprimento pode ser diferido no tempo, divorciado de qualquer cronograma ou promessa que seja necessária para garantir que as obras continuem, mesmo que o custo socioambiental deste comportamento seja insustentável”, diz o texto da ação assinada pelos procuradores da República Felício Pontes Jr., Ubiratan Cazetta, Meliza Barbosa e Thaís Santi.

O MPF também apontou o descumprimento de condicionantes em 24 programas e projetos, como os de saúde e segurança, saneamento, acompanhamento das comunidades, atendimento social, monitoramento da qualidade da água e vários ligados à conservação da fauna.

Em novembro do ano passado, a Justiça Federal no Pará negou outro pedido do Ministério Público Federal para suspender os efeitos da licença de instalação de Belo Monte. Na ocasião, o MPF alegou que a licença de instalação foi emitida sem o cumprimento de condições da licença prévia, como a construção de estruturas de saúde, educação e saneamento.

A Norte Energia disse que não irá se pronunciar sobre assunto por não ter sido notificada oficialmente sobre a ação do MPF. O Ibama ainda não se manifestou.

Agência Brasil - EcoAgência


sábado, 14 de julho de 2012

Filhotes de pantera negra são apresentados em zoo de Berlim


Bebê pantera mostra os dentes ao ser cercado por fotógrafos e curiosos.
Foto: Tobias Schwarz/Reuters

Dois filhotes de pantera negra são apresentados no zoológico Tierpark, em Berlim, na Alemanha.Os irmãos nasceram no fim de abril e se chamam Remaong e Farra.
 Foto: Tobias Schwarz/Reuters

domingo, 8 de julho de 2012

Índios pedem em São Paulo a suspensão das obras de Belo Monte; ocupação da usina está mantida


São Paulo – Cerca de 350 índios de nove etnias que ocupam, desde o dia 21 de junho, o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira (PA), só deixarão o local depois que as medidas para amenizar os efeitos negativos da construção para as populações indígenas forem adotadas.
A declaração foi feita dia (5) pela liderança da etnia Xikrin, Sandro Bebere Kayapó, mais conhecido como Mukuka, em entrevista coletiva na capital paulista.
“Viemos mostrar que o processo de licenciamento da hidrelétrica de Belo Monte tem ocorrido de forma a atropelar o cumprimento das condicionantes”, disse Mukuka. Ele participa em São Paulo da reunião anual da Associação Brasileira de Antropologia (ABA).
Mukuka disse ainda que o descumprimento dos prazos indicados tem que levar à suspensão do licenciamento ambiental da obra. “Vamos manter a ocupação até que as condições sejam cumpridas. Não basta falar que vai fazer. Só vamos permitir que as obras voltem quando as condicionantes forem atendidas”, declarou.
Condicionantes são as medidas de mitigação dos impactos negativos da usina, exigidas para a construção, com objetivo de compensar as populações que serão afetadas direta ou indiretamente pela sua implantação. O movimento de ocupação visa a acelerar o cumprimento dessas providências.
Os índios ocupam o canteiro de obras do Sítio Pimental. De acordo com líder indígena, este é o principal canteiro, tendo em vista que é o trecho da obra diretamente no Rio Xingu. “As atividades estão paradas. Hoje mesmo uma balsa [com a qual se tentou retomar ao trabalho] foi apreendida”, relatou. A empresa Norte Energia S.A., por outro lado, informou que nenhuma atividade foi suspensa.
Dentre as reivindicações, estão: criação de um comitê indígena para monitoramento da vazão do rio; criação do Comitê Gestor Indígena; estudos complementares do Rio Bacajá, que é um afluente do Rio Xingu; e plano de proteção das terras dos índios. Segundo Mukuka, somente o programa de comunicação foi cumprido, mas a proposta não atenderia às necessidades das aldeias.
De acordo com a antropóloga Sônia Magalhães, da Universidade Federal do Pará (UFPA), a licença para instalação das obras da usina é condicionada ao atendimento dessas ações, por isso cabe a suspensão da licença.
“A construção de Belo Monte não está liberada. A licença que autorizou a construção é condicional, é parcial. Legalmente, pode ser suspensa a qualquer momento. A obra já começou, mas as condicionantes não foram cumpridas nem antes, nem agora”, explicou a professora.
A Norte Energia S.A. informou que uma nova reunião com índios está marcada para o dia 9 de junho, na qual serão apresentadas as respostas para as demandas. “Os pleitos de caráter geral e as demandas específicas serão analisados de modo a encontrar uma relação com as ações que integram o Plano Básico Ambiental [PBA] indígena”, diz a nota enviada pela assessoria de imprensa. Na avaliação da empresa, a primeira reunião, no dia 28 de junho, ocorreu em clima amigável.
Os índios reclamam também que o PBA não foi aprovado por eles e que a Fundação Nacional do Índio (Funai) apresentou um plano que não foi discutido pelas tribos. Por meio de nota, a instituição informou que, considerando a “situação emergencial em que se encontram as populações indígenas impactadas pelo início das obras”, encaminhou, em 02/07/2012, “ofício e parecer técnico ao Ibama dando anuência e recomendando o início da execução do PBA indígena”.
Segundo a Funai, embora o documento já tenha sido encaminhado, “será garantida a sequência de reuniões sobre o PBA indígena nas aldeias onde estas ainda não foram realizadas”.
* Edição: Davi Oliveira
** Publicado originalmente no site Agência Brasil.
fonte:(Agência Brasil)