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sábado, 19 de maio de 2012

Governo planeja construir sete hidrelétricas na bacia do rio Aripuanã


O Governo Federal estuda, atualmente, a possibilidade de construir sete hidrelétricas na bacia do rio Aripuanã, na região situada entre os Estados do Amazonas, Mato Grosso e Rondônia. As sete hidrelétricas vão gerar 2.790,8 megawatts e trarão impactos para uma área de 146,3 mil metros quadrados, que se estende por 14 municípios dos Estados citados e abrange uma população de 112 mil habitantes. Além disso, vai atingir diretamente 11 áreas protegidas, entre Unidades de Conservação de Proteção Integral e Terras Indígenas. 
 
A informação foi divulgada na metade do mês de abril, quando a Empresa de Pesquisa Energética do Ministério de Minas Energia (EPE/MME) realizou, em Manaus (AM) e Cuiabá (MT), audiências públicas para socializar os resultados da avaliação ambiental integrada da bacia do rio Aripuanã. O estudo teve como objetivo avaliar se o meio ambiente daquela região teria condições de “suportar” os impactos trazidos pelos empreendimentos.
 
O inventário teve início em 2006 e foi concluído em maio de 2011, mas somente há quinze dias foi apresentado à sociedade civil. Reportagem publicada no dia 16 de abril pelo jornal A Crítica, de Manaus, informa que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já aprovou o documento e trabalha numa próxima etapa do processo, que é o estudo de viabilidade econômica deste complexo de usinas hidrelétricas.
 
18 impactos; apenas 2 positivos
 
O inventário divulgado trouxe uma série de informações sobre a bacia do rio Aripuanã, que fica à margem direita do rio Madeira. Além de levantamentos técnicos referentes àquela região (abordando questões como geologia, hidrologia, relatórios de flora e fauna, dados socioeconômicos das populações locais) o documento traz também uma descrição dos 18 impactos que serão causados pelas hidrelétricas – e apenas 2 deles são positivos. 
 
Entre os aspectos positivos das hidrelétricas são citados o incremento da arrecadação municipal das cidades atingidas, pela compensação financeira que será trazida pelo setor elétrico às prefeituras; e a melhoria da estrutura viária da região, já que, para operar e receber insumos e equipamentos, as hidrelétricas precisam de vias e estradas trafegáveis durante todo o ano. 
 
Dentre os impactos negativos previstos no inventário estão: interferência em ambientes ricos em biodiversidade, desaparecimento de espécies da fauna e flora, interrupção de rotas migratórias de peixes e supressão de vegetação marginal. Outras conseqüências das instalações das usinas são perda de recursos genéticos, alterações na dinâmica ecológica da área, além da interferência em políticas públicas de conservação e desenvolvimento sustentável.
 
No âmbito social, as conseqüências previstas são o acirramento de conflitos, principalmente sobre populações indígenas ou tradicionais; interferência no modo de vida dessas populações, intensificação de invasões e apropriações indevidas de recursos de uso dos povos indígenas, além de interferência nas atividades econômicas rurais tradicionais. 

sábado, 12 de maio de 2012

Robson Leite, do PT, acredita que Dilma vai vetar o Código Florestal


Apesar da forte pressão popular e as incertezas em torno do veto do novo Código Florestal, o deputado estadual Robson Leite (PT-RJ) tem certeza de que a presidente Dilma Rousseff não aprovará a lei que o Congresso passou. 
Com a palavra
"Pelo próprio histórico da presidente, ela não vai deixar passar esse Código Florestal. Apoio o 'Veta, Dilma' e creio que todo o partido pensa o mesmo", disse o parlamentar. 
Aprovação polêmica
Robson Leite também ressaltou que a aprovação do Código Florestal atual é fruto do financiamento privado de campanhas, o que permitiu a grandes empresas do agronegócio a usarem alguns deputados e senadores como lobistas dos seus interesses em Brasília. 
"O Código Florestal é apenas mais uma amostra de que o Brasil precisa aprovar o financiamento público das campanhas eleitorais na reforma política", ressaltou o deputado