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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

ATERRO QUEIROZ GALVÃO 2013



Mogi das Cruzes recebeu com repúdio a notícia de que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) encaminhou ofício à empreiteira Queiroz Galvão incitando a retomada do licenciamento do projeto que prevê a instalação de um aterro sanitário no distrito do Taboão.
O consenso geral é de que o empreendimento trará prejuízos inestimáveis aos mais diversos setores, com consequências socioeconômicas e ambientais. Consultadas ontem (25) por O Diário, entidades da sociedade civil mogiana manifestaram preocupação com a continuidade do processo e ressaltaram a importância de retomada da luta contra o empreendimento.
O diretor do Sistema Fiesp/Ciesp no Alto Tietê, Werner Stripecke, contou que “foi tomado de surpresa” logo cedo quando leu a notícia em O Diário. Ele defendeu que a comunidade e as autoridades locais voltem a se organizar em torno da causa. “A retomada do licenciamento é uma grande surpresa nesse momento de tanta expectativa pelo desenvolvimento e instalação de novas indústrias. O Taboão tem localização privilegiada, com acesso a três grandes rodovias, sendo que já tem grandes indústrias instaladas e outras em fase de instalação. Os prejuízos desse aterro seriam enormes, não apenas para os empresários, mas para toda a sociedade. Ele significa menos indústrias e, portanto, menos arrecadação de tributos e menos geração de empregos. Entendo que nesse momento temos de unir os esforços, da sociedade e da Prefeitura, para evitar que esse projeto seja viabilizado”.
A presidente da Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC), Tânia Fukusen Varjão, também defendeu que a Cidade volte a se unir em torno da causa: “É espantoso que num momento em que se discute a implantação de uma usina de incineração para destinação final do lixo, com uma tecnologia muito mais moderna, que prega o reaproveitamento ao máximo dos resíduos, volte à tona um processo de licenciamento para um aterro. Acredito que, como antes, Mogi terá de unir esforços para impedir que esse projeto siga em frente e comprometa uma região tão promissora como o Taboão. Não podemos esquecer, ainda, que a Cidade é cotada para ser subsede da Copa do Mundo, ancorada numa ampla rede de turismo, que tem muitos elementos no Taboão. Definitivamente, esses projetos turísticos irão por terra abaixo se o local ganhar um aterro sanitário”.
O presidente da Associação dos Engenheiros de Mogi das Cruzes, Orlando Pozzani Junior, também afirmou que não esperava pelo andamento do processo. Ele destacou, no entanto, que a Cidade está bem amparada com uma série de documentos técnicos que apontaram irregularidades no projeto apresentado pela Queiroz Galvão. “Recebi a notícia com pesar. Ninguém esperava. A parte técnica está muito bem argumentada. A Associação dos Engenheiros apresentou dois laudos contra o projeto, sendo que um foi protocolado em 2006 e o outro no ano passado, para complementar o contra-EIA/Rima feito pela Falcão Bauer, a pedido da Prefeitura. Em minha opinião, Mogi das Cruzes está muito bem embasa. A parte técnica foi esmiuçada até no limite. A partir de agora, temos de nos manter alertas porque se houver alguma nova medida a ser tomada deve ser jurídica”.

fonte:http://www.odiariodemogi.com.br/cidades/destaque/11670-cidade-repudia-ameaca-de-aterro-no-taboao.html

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