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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Para espanto da população - e também de meteorologistas -, um tornado de baixa intensidade foi registrado em Nova Iguaçu (RJ), no início da noite de ontem. Visível a quilômetros dali, na zona oeste do Rio, o vento forte destelhou casas, arrancou janelas e árvores pela raiz, derrubou portões e postes e até o muro de uma casa. Mas não provocou ferimentos graves nos moradores, que, atônitos, fotografaram e filmaram o fenômeno raro.

Sete bairros sentiram, durante cerca de vinte minutos, os efeitos do "tornado fraquinho" que passou pela cidade por volta das 18h30. A classificação é do meteorologista Lucio de Souza, do Instituto Nacional de Meteorologia. Como outros colegas, ele desconfiou de exagero quando soube da notícia. Mas não teve dúvidas ao ver as nuvens em formato de cone nos vídeos colocados no site Youtube(VEJA O VÍDEO AQUI NO BLOG).
Não foi registrado qualquer vento nem chuva que pudesse se associar a este tornado", explicou Souza, cujo palpite é de que a velocidade tenha ficado entre 80 km/h e 90 km/h. "Mas a gente não mediu nada".
A ocorrência de eventos climáticos extremos tem assolado o Brasil e é motivo de preocupação de moradores de praticamente todas as regiões do país. O mais preocupante é que eles devem acontecer com frequência em 2011 –como já mostra a situação em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Catástrofes naturais como essa que estamos vendo na Região Sudeste têm se tornado cada vez mais comuns e mais intensas. A equipe do Bom Dia Brasil em São Paulo ouviu especialistas.

Os fenômenos climáticos estão ficando mais extremos.Há uma trágica mistura de fatores que faz o número de mortos aumentar exponencialmente, ano a ano. Muitas vezes não há interesse em desocupar áreas de risco porque isso pode tirar votos de políticos .E o poder público gasta hoje treze vezes mais para recuperar áreas atingidas por desastres naturais do que para prevenir as tragédias.

Um levantamento do Ministério da Integração Nacional mostra que 473 pessoas morreram no Brasil em 2010, atingidas de alguma forma pela chuva. Só este mês, na tragédia na Região Serrana do Rio de Janeiro, o número de vítimas já passou disso. E o volume de água trazido pela chuva também está aumentando.

“Na Região Metropolitana de São Paulo até a década de 1950, nós não observávamos chuvas fortes, chuvas intensas, ou seja, chuva com volume superior a 100 milímetros por dia. Hoje nós observamos cerca de cinco casos por ano. Para se ter uma idéia, chuvas acima de 30 milímetros por dia são suficientes para causar enchentes. É esse quadro que deve se intensificar, inclusive nos próximos anos, em virtude também do aquecimento global”, acrescenta o pesquisador do Inpe, Gilvan Sampaio.

Para o professor de ciência política da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fernando Abrucio, o poder público deveria unir forças num programa nacional de prevenção, inclusive com a parceria do setor privado para reurbanizar as áreas de risco e garantir moradia para as famílias que tiverem de deixar esses locais.

O geólogo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Eduardo Macedo, lembra que essas mudanças levam tempo para acontecer. Enquanto isso, é preciso investir pesado nos sistemas de alerta para a retirada dos moradores das áreas de risco quando houver uma ameaça.
A deputada Aspásia, afirma:
"O que precisamos agora é de educação ambiental para nossos governantes, menos improvisação e populismo e mais vigilância da cidadania. Lei de minha autoria, que reduz as emissões de gases de efeito estufa do município em 20% até 2020 é um bom começo, pois sinaliza que o Rio de Janeiro está inserido em agenda global que, de fato, faz a sua parte no combate às catástrofes ambientais do planeta. Professora da FGV e da UERJ, vereadora e deputada estadual eleita, é autora da Lei de Mudanças Climáticas do município do Rio de Janeiro"

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/01/especialistas-falam-da-maior-ocorrencia-de-catastrofes-naturais.html

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