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sábado, 28 de maio de 2011

HOMENAGEM A CASAL MORTO NO PARÁ



O casal de líderes extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo enviaram um documento ao Ministério Público Federal (MPF) de Marabá denunciando o envolvimento de três madeireiras da região de Nova Ipixuna, no Pará, em crimes ambientais, 20 dias antes de serem mortos a tiros, na terça-feira. A denúncia, segundo o jornal O Estado de S. Paulo cita as empresas Tedesco Madeiras, Madeireira Bom Futuro e Madeireira Eunápolis, e mostra que a reserva de mata densa já foi quase toda destruída para retirada de madeira. Uma das denúncias é a produção de carvão na região usada para abastecer empresas do pólo siderúrgico de Marabá.
No dia em que a denúncia foi protocolada, o procurador Tiago Modesto Rabelo pediu informações ao Ibama sobre os danos provocados pelas madeireiras na área de preservação do assentamento agroextrativista Praia Alta-Piranheira.
Além do casal, nove assentados assinaram o documento.


Para derrubar a floresta, as empresas pagam R$ 30 pelo m³ de madeira, cujo valor no mercado internacional atinge R$ 1,2 mil. "Os assentados mais frágeis e entusiasmados com a possibilidade de ganhar dinheiro se submetem a essa exploração", diz o documento. O delegado Silvio Maués, diretor de Polícia Judiciária do Interior do Pará, disse ontem que o casal não registrou nenhum boletim de ocorrência sobre as ameaças que sofria.

O casal de ativistas ambientais José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, morto a tiros na terça-feira, em Nova Ipixuna, na região central do Pará, vinha enfrentando dificuldades em se manter atuante no assentamento Praia Alta Piranheira. Nos últimos meses, o assédio de madeireiros a agricultores da região estava conseguindo enfraquecer o trabalho de conscientização ambiental que o casal levava adiante no local.
De acordo com o sindicalista, o plano dos madeireiros era afastar definitivamente o casal da região para que pudessem investir mais na derrubada da floresta. As promessas, segundo ele, eram de que o preço da madeira subiria assim que José Cláudio e Maria deixassem o local.
Ao saber que vários moradores estavam abertamente apoiando os madeireiros, José Cláudio teria chegado a discutir com alguns agricultores do assentamento, acusando-os de traírem a causa ambientalista.


FONTE:http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5152586-EI5030,00.html
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110528/not_imp724992,0.php

Um comentário:

  1. a ambiçao desses homens que movem este tipo de empresa de comportamento criminoso, a ponto de matar pessoas que se preocupam com o meio ambiente, com o futuro de seus filhos e de todos na sociedade, é o resultado da má administraçao pela fiscalizaçao local,que clama urgente por medidas de segurança, e os praticantes de ato destruidor deveriam ser duramente castigados, e impedidos de continuar destruindo nossas matas e matando pessoas simples porem detentores de uma visão humanitária e social. Eis a questão.

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